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Blues e Choro na noite de Campinas

Posted by Cottidianos on 23:50
Sábado, 26 de abril

Um chorinho me traz muitas recordações / Quando o som dos regionais invadia os salões/ E era sempre um clima de festas / Se fazia serestas, parando nos portões / Quando havia os balcões / Sob a luz da Lua / E a chama dos lampiões à gás / Clareando os serões / Sempre com gentis casais / Como os anfitriões / E era uma gente tão honesta / Em casinhas modestas / Com seus caramanchões / Reunindo os chorões / Era uma flauta de prata / A chorar serenatas, modinhas, canções / Pandeiro, um cavaquinho e dois violões / Um bandolim bonito e um violão sete cordas / Fazendo desenhos nos bordões / Um clarinete suave / E um trombone no grave a arrastar os corações...”

Trecho da música: Homenagem à Velha Guarda
(Autores: Paulo César Pinheiro E Sivuca)
Interpretação: Clara Nunes

Dicas culturais


Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Choro

Onde houver um coração pulsando, cheio do mais puro sentimento... Onde houver um coração amargurado pela perda de um amor... Em qualquer mesa de bar, onde houver um amor nascendo... Sempre haverá a sonoridade de uma guitarra espalhando o lamento de um blues pelo ar ou som de violão plangente tocando um choro.

Choro e Blues, o primeiro uma música tipicamente brasileira, considerada por muitos como a primeira música urbana do Brasil. Um estilo musical que nasceu e cresceu nos quintais dos subúrbios cariocas e em modestas residências no bairro de Cidade Nova, nos idos de 1880, no Rio de Janeiro. Os pequenos conjuntos musicais faziam uma música cheia de lamento, como se os instrumentos estivessem chorando, desse caráter extremamente sentimental da música que faziam, adveio à denominação: Choro. Sem dúvida, tanto quanto o samba, o choro é um patrimônio da cultura brasileira. Pixinguinha, Jacó do Bandolim e Altamiro Carrilho são alguns de seus legítimos representantes.

O segundo, um estilo musical tipicamente americano, nascido das lamentações dos escravos nas plantações de café. Também um estilo lamentoso, exprimindo sonoridades que brotam dos sentimentos aprisionados no coração, sentimentos esses que se libertam através das canções e se tornam expressões artísticas que dão som, cor e tom a uma música tão bela e envolvente.

Quem dera se de todo sofrimento brotasse um blues, um choro, certamente o mundo seria bem menos triste e muito mais cheio das boas vibrações que nascem com as notas produzidas pelas mãos dos hábeis instrumentistas.

Esses dois estilos tão belos e envolventes que nasceram em lugares diferentes, mas que possuem os mesmos matizes podem ser conferidos em Campinas. O Blues, neste domingo. O choro no mês que vem. Confira abaixo as dicas e, se está em Campinas e região, anote para não esquecer.

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Imagem:  http://www.rootstime.be/CD%20REVIEUW/2013/MA1/CD149.html

Cantor Mud Morganfield encerra festival de blues em Campinas no domingo

Apresentação será na Concha Acústica do Taquaral, com participações de Blues Etílicos e Big Band Blues...


Mud Morganfield Fest in Blues

Campinas recebe no domingo (27) um dos mais significativos e simbólicos shows relacionados à cultura do blues. O cantor Mud Morganfield, filho mais velho do lendário Muddy Waters, se apresenta na Concha Acústica do Parque Taquaral, a partir das 18h, com entrada gratuita. Antes da apresentação de Mud Morganfield, sobem ao palco as bandas Blues Etílicos, um dos mais antigos e representativos nomes do estilo, e a Big Band Blues. Os shows encerram o 1º Campinas Fest in Blues, que tem movimentado a cidade desde o último dia 11 de abril. O festival é uma realização do bar/restaurante Almanaque Café, em parceria com a Secretaria de Cultura de Campinas.

Muddy Waters

O cantor Mud Morganfield é filho de Muddy Waters, nada menos que o “Rei do Blues”, que influenciou gerações como Beatles, Chuck Berry e Rolling Stones.
De acordo com a crítica especializada dos Estados Unidos, Mud Morganfield é um herdeiro que daria muito orgulho ao Rei do Blues de Chicago, por ser abençoado com uma poderosa voz que transmite ressonância emocional profunda em números de slow e traditional blues. Segundo ele, começou a cantar para mostrar ao mundo o que o pai havia deixado de legado ao mundo. “Eu amo e tenho orgulho de cantar as músicas do meu pai, assim como eu amo e sempre vou me orgulhar dele. Eu não sou Muddy Waters e eu certamente não estou tentando ser Muddy Waters. Sou Mud Morganfield, mas quando estou no palco sempre sinto que meu pai está lá comigo e isso significa muito para que eu possa manter a sua música viva ao redor do mundo", conta o músico.


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Imagem: http://www.cisguanabara.unicamp.br/

VII Encontro de Choro da Unicamp

Apresentação do Conjunto Chorando na Sombra

Entre 04 e 09 de maio de 2014, a cidade de Campinas recebe a sétima edição do Encontro de Choro da Unicamp. O evento musical surgiu em 2004 no Instituto de Artes da Unicamp e, desde então, já foram realizadas seis edições em diferentes formatos, com foco na formação musical e apresentações musicais. Todas as edições contaram com a iniciativa e organização de alunos, artistas e professores, com atividades sediadas prioritariamente dentro do Campus universitário.

A proposta para edição deste ano se inova ao trazer um formato itinerante, ocupando diferentes espaços do município com o intuito de aproximar as atividades artísticas provenientes da Unicamp à comunidade campineira, atingindo especialmente o distrito de Barão Geraldo - onde se localiza a universidade - centro de Campinas e bairros do entorno.

Chorando na Sombra

Formado por alguns dos principais músicos de choro da região de Campinas, o conjunto Chorando na Sombra apresenta-se semanalmente há mais de quatro anos nas segundas-feiras de choro no Empório do Nono, um dos mais tradicionais e conhecidos projetos do gênero em todo o Estado de São Paulo. Em 2009, o grupo realizou uma importante apresentação no teatro da UMES, em São Paulo, a convite do conjunto Izaías e Seus Chorões, dentro do projeto "O Choro e Sua História". Além disso, o Chorando na Sombra já acompanhou nomes como Zé da Velha, Isaías do Bandolim e Silvério Pontes.

Ficha técnica: Márcio Modesto (flauta), Lucas Nahun (cavaco), Guilherme Soares (violão de 7 cordas) e Roberto Amaral (pandeiro).

Serviço:

Apresentação do Conjunto Chorando na Sombra

Data: 06/05/14 (terça-feira)

Horário: 20h00

Entrada gratuita

Local: CIS-Guanabara, à Rua Mário Siqueira, 829 , Botafogo, Campinas, Fone: 19 32337801





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