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Amigo

Posted by Cottidianos on 23:52
Segunda-feira, 10 de fevereiro

Há poesia na amizade.

Uma amizade verdadeira tem a grandeza e o valor dos clássicos e épicos poemas dos mais brilhantes escritores. Pensemos na amizade como um jardim de flores diversas, exalando perfumes variados. Nesse jardim, pense em cada amigo como uma flor. Para as flores crescerem lindas e vigorosas é necessário regar, podar, adubar a terra. Na prática, esse desvelo é o carinho, o cuidado, a atenção. Imagine se todas as flores exalassem o mesmo perfume? Que monótono seria esse jardim. As flores têm espinhos? Faz parte do processo natural de se ter um jardim e de cuidar dele. Apenas um tipo de rosa não é recomendável ter no jardim: as rosas venenosas. Essas não! Longe de mim. Elas podem matar o meu jardim e matar também o jardineiro que cuida delas.  Assim, com o jardim de flores, coloridos e perfumes diferentes nunca faltará beleza em nossa vida. Sempre haverá uma alegria para colher, uma esperança para plantar, uma flor para nascer.

Há poesia e beleza no jardim da amizade.

Hoje, 10 de fevereiro, é o aniversário deste blogueiro. Gostaria de dedicar essa mensagem a todos os amigos e amigas que enviaram carinhosas mensagens de FELIZ ANIVERSÁRIO, através do Facebook, do e-mail, do celular. Dedico também aqueles que não enviaram mensagens e que, nem por isso, me amam menos.  A você também que lê esse texto, sinta-se incluso nesta singela homenagem.

Não sei escrever poesia, de qualquer modo, como hoje é para mim um dia especial para mim, aventuro-me a publicar uma de minha autoria.

Um grande abraço a todos!

***


Amigo


Subo a ladeira da estrada da vida
Cruzando o deserto, buscando nele um oásis.
O sol forte do meio-dia queima as minhas faces,
Das quais teimam em escorrer alguns pingos de suor.
Estas pequenas gotas escorrem pelos sulcos
De minha pele tornando mais pungente meu caminhar.

A poeira vermelha a se espalhar pelo ar,
Não permite aos meus olhos, divisar com nitidez,
As coisas que estão do lado de lá.
Nessa estrada não é possível ficar a lamentar
Os espinhos cravados nas mãos,
Faz-se necessário apenas caminhar,
Se quiser chegar.

Olhos fixos no horizonte
Que se faz ponte para esse caminheiro
Que só traz no coração a esperança de chegar
Ao fim dessa estrada com o coração cheio de sol.
E com um sorriso no olhar a expressar.
A mochila nas costas pesa um pouco
Mas seu peso não me incomoda
Pois trago nela apenas sonhos
E a esperança de realizá-los.

Ergo meus olhos para os céus
E, ao elevá-los, elevo igualmente meu coração
Numa doce prece de agradecimento aos sábios
Por terem me feito para trás deixar
Todo o peso do ódio e rancor.
Ao continuar a caminhar e para os lados olhar
Um contentamento quase infantil me invade o peito:
Comigo estás a caminhar.
Não estou sozinho a essa estrada trilhar.
Não importa se chegaste ao raiar do dia
Não importa se vieste ao meio-dia.
Nem muito menos se o sol estava a descer no horizonte.

És meu amigo, e contigo, renovo forças
Para o caminho continuar.




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